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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Língua portuguesa (de Olavo Bilac)

Língua e Linguagem

 
Quando falamos ou escrevemos produzimos
sentidos. Uma espécie de dependência entre linguagem
e pensamento que forma uma unidade significativa. Nesse caso é
impossível pensar um sem o outro. O pensamento só se manifesta através da
linguagem (inclusive a não verbal como os gestos, as cores, as imagens) e a linguagem
só se manifesta pelo pensamento. Pode-se afirmar que a linguagem é o próprio
pensamento em ação. Ou ainda, o pensamento só se materializa na
linguagem.
É importante, portanto, notar que o esforço para a produção dos sentidos ocorre
em virtude de os homens desejarem estabelecer cadeias comunicativas,
seja para informar, convencer, emocionar, seja para explicar, determinar,
aconselhar. Mas, para que isso acontecesse,
foi necessário a criação de línguas que expressassem maneiras
particulares de conceber os significados, as formas de uso, os
mecanismos de elaboração do universo das palavras.
Em nosso caso, o código comum é a língua portuguesa:
graças a ela, produzimos os efeitos do sentido. No entanto, não se
deve considerar o código comum como uma referencia padrão que se
mantém inalterada. Ao contrário, a língua possui variabilidade, usos
diferenciados conforme a situação cultural, econômica, etária, e
regional do usuário.
Para se comunicar o falante não precisa necessariamente
dominar as regras da gramática escolar. No entanto, ele utiliza (mesmo
sem ter consciência disso) uma “gramática natural”, que admite a
construção me dá um cigarro, mas não admite, por exemplo, a
construção me cigarro um dá. Ou seja, essa gramática natural possui
um sistema de regras que formam a estrutura da língua, e que os
falantes interiorizam ouvindo e falando. (Celso P. Luft, in Língua e
liberdade)

CAETANO VELOSO - LÍNGUA

HÁ ESCOLAS QUE SÃO GAIOLAS E HÁ ESCOLAS QUE SÃO ASAS.

ESCOLAS QUE SÃO GAIOLAS EXISTEM PARA QUE OS PÁSSAROS DESAPRENDAM A ARTE DO VÔO. PÁSSAROS ENGAIOLADOS SÃO PÁSSAROS SOB CONTROLE. ENGAIOLADOS, O SEU DONO PODE LEVÁ-LOS PARA ONDE QUISER. PÁSSAROS ENGAIOLADOS SEMPRE TÊM UM DONO. DEIXARAM DE SER PÁSSAROS. PORQUE A ESSÊNCIA DOS PÁSSAROS É O VÔO. ESCOLAS QUE SÃO ASAS NÃO AMAM PÁSSAROS ENGAIOLADOS. O QUE ELAS AMAM SÃO PÁSSAROS EM VÔO. EXISTEM PARA DAR AOS PÁSSAROS CORAGEM PARA VOAR. ENSINAR O VÔO, ISSO ELAS NÃO PODEM FAZER, PORQUE O VÔO JÁ NASCE DENTRO DOS PÁSSAROS. O VÔO NÃO PODE SER ENSINADO. SÓ PODE SER ENCORAJADO.
Rubem Alves

E a partir disso a gente percebe que o tradicionalismo sozinho não tem aplicabilidade ao contexto educacional moderno. Se não proporcionarmos o reconhecimento dessas asas, jamais os alunos conseguirão abrir vôo...
O conhecimento não se adquire no imediatismo contemporâneo, apregoado pelo capitalismo. O conhecimento precisa ser considerado necessário, antes de imposto... O conhecimento necessita de cuidado antes de ser exposto... O conhecimento exige ser mediatizado para ser aceito...
E a cada dia percebemos que se nos distanciarmos por demais das novas tecnologias, não alcançaremos êxito na busca do conhecimento e na construção dele na sociedade atual... Se não avançarmos em práticas contextualizadas perderemos tempo... Então....
Ou nos atualizamos ou nos perdemos...
Um abraço,
Lorena 

Romantismo - Poesia (séc. XIX, no BR)

“Metamos o martelo nas teorias, nas poéticas e nos sistemas. Abaixo este velho reboco que mascara a fachada da arte!”
  
  --Victor Hugo 

Na Europa, a partir da metade do século XVIII, surgem autores que, libertando-se parcialmente dos limites traçados pela poética neoclássica, apresentam novas concepções literárias. Em suas obras, eles expressam sentimentos inspirados nas tradições nacionais, falam de amor e saudade num tom pessoal, realizando uma poesia mais comunicativa e espontânea do que a neoclássica. Era o nascimento do Romantismo que foi desenvolvendo-se e enriquecendo-se à medida que se expandia. Assim, acabou adquirindo características tão variadas que se torna impossível descrevê-lo em todas as suas dimensões.

No Brasil, percebe-se o desejo de criação de uma literatura nacional. Assim representou a primeira tentativa consciente de se produzir literatura verdadeiramente brasileira. Abandonou aos poucos o tom lusitano, a fim de dar lugar a um estilo mais próximo da fala brasileira.

Referências históricas
Contexto sócio-político da época (início do Romantismo no Brasil):

•1808 - chegada ao Brasil de D. João VI e da família Real

•1808/1821 - abertura dos portos às nações amigas; instalações de bibliotecas e escolas de nível superior; início da atividade editorial.

•1822 - Proclamação da Independência. Daí nasce o desejo de uma literatura autenticamente brasileira.

•1831 - abdicação de D. Pedro I e início do Período de Regência, que vai até 1840 (maioridade de D. Pedro II); fundação da Companhia Dramática Nacional; início da Guerra do Paraguai até 1840)


Características
Podem-se apontar, no amplo e diversificado movimento romântico, algumas tendências básicas:

•a exaltação dos sentimentos pessoais, muitas vezes até autopiedade

•exaltação de seu “eu” - subjetivismo

•a expressão dos estados da alma, das paixões e emoções, da fé, dos ideais religiosos

•apóiam-se em valores nacionais e populares

•desejo de liberdade, de igualdade e de reformas sociais; e a valorização da Natureza, que é vista como exemplo de manifestação do poder de Deus e como refúgio acolhedor para o homem que foge dos vícios e corrupções da vida em sociedade

•em alguns casos, fuga da realidade através da arte (direção histórica e nacionalista ou direção idílica e saudosista)


A linguagem sofreu transformações: em lugar da bem cuidada sintaxe clássica e das composições de metro fixo, os românticos preferiram uma linguagem mais coloquial, comunicativa e simples, criando ritmos novos e variando as formas métricas. Essa liberdade de expressão é uma das características típicas do Romantismo e constitui um aspecto importante para a evolução da literatura ocidental. O espírito de renovação lingüística é uma contribuição importante do Romantismo e foi retomado, no século XX, pelos modernistas.

Na poesia, distinguem-se três fases, as chamadas Gerações Românticas:

Gerações Nomes Principais poetas Principais temas
1ª Geração Nacionalista ou Indianista Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto-Alegre Exaltação da natureza, excesso de sentimentalismo, amor indianista, ufanismo (exaltação da pátria)
2ª Geração Ultra-Romântica ou Mal do Século Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela Egocentrismo, sentimentalismo exagerado, morte, tristeza, solidão, tédio, melancolia, subjetivismo, idealização da mulher.
3ª Geração Condoreira ou Social Castro Alves, Sousândrade, Tobias Barreto Sentimentos liberais e abolicionistas

•Indianismo - uma das formas mais significativas do nacionalismo romântico. O índio é um ser idealizado (nobre, valoroso, fiel), apesar disso demonstra a valorização das origens da nacionalidade.

•Mal do Século - voltando-se inteiramente para dentro de si mesmos, esses poetas expressaram em seus versos pessimistas um profundo desencanto pela vida. Muitos marcados pela tuberculose, mal que deu nome à fase

•Condoreirismo - poesia social e libertária que reflete as lutas internas da Segunda metade do reinado de D. Pedro II.

Autores
Gonçalves de Magalhães
Domingos José Gonçalves de Magalhães nasceu no Rio de Janeiro, em 1811. Viveu na Europa, onde teve contato com a poesia romântica. A obra Suspiros Poéticos e Saudades foi considerada a obra inaugural do Romantismo no Brasil. O autor procurou criar e consolidar uma literatura nacional para o país. Morreu em Roma, em 1882. Seu poema de destaque foi Noite tempestuosa do livro Urânias.

Obras: Suspiros Poéticos e Saudades (1836); Urânias (1862); Cânticos Fúnebres (1864) e outros

Gonçalves Dias
Primeiro grande poeta do Romantismo brasileiro. A temática indianista que caracteriza sua obra apresenta forte colorido e ritmo. Seu grande poema indianista Os Timbiras ficou incompleto, pois durante o naufrágio em que o poeta morreu perderam-se também os textos. Além da vertente indianista, também se destaca a lírica amorosa, mas não apresenta passionalidade. Aqui a mulher é sempre um anjo, idealizada, numa ótica platônica.

Obras Principais:

•"I Juca Pirama", "Canção do Tamoio", “Os Timbiras” - sentimento de honra e valentia do índio

•"Leito de folhas verdes", "Se se morre de amor", "Como? És tu?", "Ainda uma vez - adeus!", "Seus olhos" - sentimento amoroso

•"Canção do Exílio" - solidão, exílio, amor à pátria, retomada por muitos modernistas

•"O mar", "A noite", "A tarde" - poesias impregnadas de religiosidade sobre a majestade da natureza

•Livros - Primeiros Cantos (1846), Segundos Cantos (1848), Sextilhas de Frei Antão (1848), Últimos Cantos (1851), Os Timbiras, Cantos (1857).


  "Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá."
  
  --Canção do Exílio 

  "Por onde quer que fordes de fugida
Vai o fero Itajuba perseguir-vos
Por água ou terra, ou campos, ou florestas;
Tremei!..." Os Timbiras
"Eu vi o brioso no largo terreiro,
Cantar prisioneiro
Seu canto de morte, que nunca esqueci:
Valente como era, chorou sem ter pejo;
Parece que o vejo,
Que o tenho nest'hora diante de mi."
  
  --I-Juca Pirama 

Álvares de Azevedo
Poeta que melhor representou a estética ultra-romântica. Tendência aos aspectos mórbidos e depressivos da existência, degeneração dos sentimentos, decadentismo e até satanismo. A escolha vocabular reflete essa tendência: "pálpebra demente", "matéria impura", "fúnebre clarão", "boca maldita", entre outros. Esta linguagem, acrescida de termos científicos, voltará no Simbolismo com Augusto dos Anjos.

Morreu tuberculoso aos 20 anos de idade, não sendo reunida em livro sua obra.

Obras Principais:

•"Liras dos vinte anos" - livro-síntese dessa geração pois revela a força lírica e a v ironia romântico-macabra

•"Macário" - composição livre, meio diálogo, meio narração

•"O Conde Lopo"

•"Poema do Frade"

•"Pedro Ivo" (poemetos)

•"Noite na Taverna" - prosa narrativa fala da boemia estudantil da época, que era uma forma de protesto e fuga


  "Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!"
" Quando falo contigo, no meu peito
esquece-me esta dor que me consome:
Talvez corre o prazer nas fibras d'alma:
E eu ouso ainda murmurar teu nome!"
  
  --Lira dos Vinte Anos 

  "Pois bem, dir-vos-ei uma história. Mas quanto a essa, podeis tremer a gosto, podeis suar a frio da fronte grossas bagas de terror. Não é um conto, é uma lembrança do passado."
  
  --Noite na Taverna 

  "A mulher recuava... Recuava. O moço tomou-a nos braços, pregou os lábios nos dela... Ela deu um grito, e caiu-lhe das mãos. Era horrível de ver-se. O moço tomou o punhal, fechou os olhos, apertou-os no peito, e caiu sobre ela. Dois gemidos sufocaram-se no estrondo do baque de um corpo…"
  
  --Noite na Taverna 

  "Mais claro que o dia. Se chamas o amor a troca de duas temperaturas, o aperto de dois sexos, a convulsão de dois peitos que arquejam, o beijo de duas bocas que tremem, de duas vidas que se fundem tenho amado muito e sempre! Se chamas o amor o sentimento casto e poro que faz cismar o pensativo, que faz chorar o amante na relva onde passou a beleza, que adivinha o perfume dela na brisa, que pergunta às aves, à manhã, à noite, às harmonias da música, que melodia é mais doce que sua voz, e ao seu coração, que formosura há mais divina que a dela—eu nunca amei. Ainda não achei uma mulher assim. Entre um charuto e uma chávena de café lembro-me às vezes de alguma forma divina, morena, branca, loira, de cabelos castanhos ou negros.

Tenho-as visto que fazem empalidecer—e meu peito parece sufocar meus lábios se gelam, minha mão se esfria…"
  
  --Macário 

  "Esse amor foi uma desgraça. Foi uma sina terrível. Ó meu pai! ó minha segunda mãe! ó meus anjos! meu céu! minhas campinas! É tão triste morrer!"
  
  --Macário 

Junqueira Freire
Luís Junqueira Freire nasceu em 1832, em Salvador. Formou-se professor aos 20 anos. Morreu em 1855, logo após a publicação das Inspirações do Claustro. Seu poema em destaque foi Meu filho no claustro.

Obras Principais:

•Inspirações do claustro (1855)

•Contradições poéticas (data incerta)


Casimiro de Abreu
Poeta que representa a sensibilidade brasileira espontânea. Levou vida boemia e morreu de tuberculose Sua poesia não foi muito inovadora, sendo considerado mais ingênuo dos românticos. Conhecido como "poeta da infância", fala muito da inocência perdida Trabalha também temas do chamado “romantismo descabelado”: exílio e lirismo amoroso.

Obras Principais:

•Camões e o Jau (teatro)

•Carolina (romance)

•Camila (memórias)

•A Virgem Loura (prosa)

•Primaveras (poesia)


  "Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!"
  
  --Meus oito anos 

Fagundes Varela
Poeta romântico boêmio inspirado pelo byronismo. A morte marca sua vida pessoal com a perda do filho de três meses e da ex-esposa. Por sua amizade com Castro Alves, fez a ponte da poesia pessimista à poesia social. Falece, alcoólatra e mentalmente desequilibrado tornando-se o protótipo do poeta maldito brasileiro.

Obras Principais:

•Noturnas (1861), O Estandarte Auriverde (1863), Vozes da América (1864), Cantos e Fantasias (1865), Cantos Meridionais (1869), Cantos do Ermo e da Cidade (1869), Anchieta ou Evangelho na Selva (1875), Diário de Lázaro (1880), Cantos Religiosos (1878) - poesias

•Ruínas da Glória, Ester, Ina, Cora - prosa


  "Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angústia conduzia
O ramo da esperança. - Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pergueiro."
  
  --Cântico do Calvário 

Castro Alves
Porta-voz das ânsias coletivas tem na poesia abolicionista sua melhor realização na linha social ("Navio Negreiro" e "Vozes d'África). Em suas obras, atribui ao poeta a missão de denunciar as injustiças sociais e de clamar pela liberdade ("Adeus, meu canto").

Esse tipo de poesia se realiza num estilo vibrante, em que predominam as comparações, metáforas, antíteses, hipérboles, apóstrofes, empregadas quase sempre em função de elementos grandiosos da natureza, que sugerem imensidão, força, majestade, como: montanhas, cordilheiras, oceanos, tempestades, furacões, astros, cachoeiras, configurando assim o estilo chamado Condoreirismo.

Sua poesia amorosa é bem mais sensual do que se fazia na época. Nela, a mulher, diante das vagas idealizações ultra-românticas, aparece em toda sua beleza física e envolvida por um clima de erotismo e paixão.

Como a maioria dos poetas românticos morre cedo, aos 24 anos de idade.

Obras Principais:

•"Espumas Flutuantes" (1870)

•"A Cachoeira de Paulo Afonso" (1876)

•"Os escravos" (1883)

•além das poesias escreveu para o teatro “Gonzaga ou a Revolução de Minas” (1876)


  "Eras um sono dantesco... O tombadilho,
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar,
Tinir de ferros... Estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite
Horrendos a dançar"
  
  --Os Escravos 

Sinopse
Marco inicial = publicação do livro Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães (1836). esta obra promoveu, de modo sistemático, os ideais românticos (nacionalismo + religiosidade) e o repúdio aos padrões clássicos externos (mitologia pagã).

Marco final = publicação de O Mulato (Aluísio Azevedo) e de Memórias Póstumas de Brás Cubas (M. de Assis) em 1881

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Aos alunos do 2º ano, noturno, do Colégio Estadual Abdias Menezes

Através da música e da poesia podemos entender melhor o sentimento dos românticos... A poesia Fanatismo de Florbela Espanca (1895), musicada pelo cantor Fagner, e a música Exagerado, de Cazuza (1958), falam de amor em épocas diferentes com a mesma intensidade. Em minha análise um com dor e outro com irreverência. Ouçam...

Cazuza Exagerado Clipe

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fanatismo - Fagner

O Romantismo

O Romantismo  em Portugal e no Brasil
 
O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX.
O berço do romantismo pode ser considerado três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Porém, na França, o romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.
As características principais deste período são : valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.

Artes Plásticas
Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução Industrial.

Literatura
Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram : amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.

Música
Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de todos os recursos da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganham importância nas músicas.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.

Teatro
Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Em Portugal, podemos destacar o teatro de Almeida Garrett.

O ROMANTISMO NO BRASIL  

Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do pais. As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso pais e o cotidiano popular.

Artes Plásticas
As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras principais deste período são : A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles. 

Literatura romântica brasileira
No ano de 1836 é publicado no Brasil Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães. Esse é considerado o ponto de largada deste período na literatura de nosso país. Essa fase literária foi composta de três gerações:

1ª Geração  - conhecida também como nacionalista ou indianista, pois os escritores desta fase valorizaram muito os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como " bom selvagem" e, portanto, o símbolo cultural do Brasil. Destaca-se nesta fase os seguintes escritores : Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre e Teixeira e Souza.

2ª Geração - conhecida como Mal do século, Byroniana ou fase ultra-romântica. Os escritores desta época retratavam os temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores deste período morreram ainda jovens. Podemos destacar os seguintes escritores desta fase : Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.

3ª Geração - conhecida como geração condoreira, poesia social ou hugoana. textos marcados por crítica social. Castro Alves, o maior representante desta fase, criticou de forma direta a escravidão no poema Navio Negreiro.

Música Romântica no Brasil
A emoção, o amor e a liberdade de viver são os valores retratados nas músicas desta fase. O nacionalismo, nosso folclore e assuntos populares servem de inspiração para os músicos. O Guarani de Carlos Gomes é a obra musical de maior importância desta época.

Teatro
Assim como na música e na literatura os temas do cotidiano, o individualismo, o nacionalismo e a religiosidade também aparecem na dramaturgia brasileira desta época. Em 1838, é encenada a primeira tragédia de Gonçalves de Magalhães: Antônio José, ou o Poeta e a Inquisição. Também podemos destacar a peça O Noviço de Martins Pena. 

O Guarani (Carlos Gomes)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

PROFISSÃO EDUCAÇÃO

    
     Quando li a matéria abaixo constatei que devemos acreditar em nós mesmos e lutar para que não fiquemos submetidos a mediocridade dos que não se importam com a qualidade no ensino. Nós precisamos ser felizes no que escolhemos para nossas vidas e não podemos deixar de acreditar nisso. Tem um poema que traduz meus sentimentos nesse momento:
Eis o fragmento de Eduardo Alves da Costa:
 
No caminho com Maiakóvski
"[...]
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Portal Aprendiz, 07/06/2010
Meio milhão de docentes dá aulas sem formação ideal
     Meio milhão de professores da educação básica ensina, nas salas de aulas da rede pública brasileira, disciplinas sobre as quais não aprenderam durante o curso superior. Nos mais variados colégios brasileiros, profissionais formados em matemática dão aulas de física e professores de educação física dão aulas de biologia, por exemplo. Eles representam quase um quarto dos 1.977.978 educadores dessa etapa. Dados do Censo Escolar 2009 tabulados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelam que pouco mais da metade (53,3%) dos professores que atuam no ensino médio na rede pública têm formação compatível com a disciplina que lecionam. O total é de 366.757. Nas séries finais do ensino fundamental, etapa na qual as matérias começam a ser dadas por professores de áreas específicas, a proporção é ainda menor: 46,7% de 617.571 docentes. O levantamento feito pelo Inep considerou apenas a inadequação dos professores que já possuem diploma de curso superior. A quantidade de docentes que atua nos colégios brasileiros sem ter freqüentado uma universidade também é grande: 152 mil, como divulgou o iG. Os números revelam que a maior distorção está na área de exatas, na qual os profissionais formados nos cursos de licenciatura do País são insuficientes para suprir a demanda.
     Segundo o censo, nas séries finais do ensino fundamental, apenas 5% dos professores de física têm licenciatura na área. Em química, apenas 10,4% dos docentes têm formação adequada. Em biologia, 16,4%. Mesmo em língua portuguesa, a disciplina dessa fase que mais possui professores com formação adequada para o ensino da matéria, os qualificados não passam de 65% do quadro de profissionais da área. No ensino médio, as áreas que “lideram” as estatísticas da inadequação entre diploma universitário e matéria dada em sala de aula são um pouco diferentes do fundamental. Além da física, em que apenas 25,1% dos docentes que lecionam a disciplina têm formação na área, em química, 28% dos profissionais dão aulas sem qualificação adequada. Faltam também professores especialistas de língua estrangeira e de educação artística, por exemplo.
      Carlos Eduardo Sanches, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), afirma que a realidade preocupa os gestores. “A formação dos professores tem tudo a ver com a qualidade de ensino. Não há como pensarmos em melhorar a educação sem investirmos nisso”, afirma. Um estudo feito pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com base nos dados do Censo Escolar de 2007, mostra que os Estados com maior número de professores sem formação adequada (incluindo aqui os docentes leigos que atuam nas redes) são os que têm pior desempenho do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O presidente da Undime, que é secretário municipal de Educação na cidade de Castro, no Paraná, diz que os dirigentes são “obrigados” a contratar profissionais sem a qualificação ideal. Ele conta que, quando começou a gerenciar o sistema educacional de Castro, em 2005, 43% dos professores não tinham curso superior. Hoje, o número caiu para 28%.
“Ainda hoje contratamos professores que só possuem ensino médio porque existe uma lacuna muito grande a ser preenchida. Faltam professores nas áreas de biologia, química, física. Mas, junto a isso, investimentos em formação. Os que não têm graduação vão para a universidade e os que têm fazem pós. Temos de fazer um planejamento a longo prazo”, pondera. Para isso, reforça Carlos Eduardo, a União precisa investir mais recursos em estados e municípios. Professora eventual da rede pública de Santos, litoral de São Paulo, Daiane Santos ainda não terminou a faculdade e já enfrenta as dificuldades da profissão. Prestes a se formar em história, ela passa a semana preparando aulas de matemática para os alunos do 7º ano do ensino fundamental. Ao passar no concurso para temporários, Daiane teve de procurar por vagas ociosas de professores efetivos para conseguir dar aulas. Só conseguiu em matemática, na qual a escassez de profissionais é grande. “O professor que seria o ‘dono’ dessas aulas está em licença e deu a entender que não deve voltar neste ano. Então eu devo continuar com as aulas dele”, conta.
      Para preparar o conteúdo, ela se vale do fato de ter concluído o ensino médio há poucos anos. “Não estou tendo dificuldades para rever as matérias e ensinar. Meu problema, às vezes, é com alunos que rejeitam o fato de eu ser professora substituta e acham que não precisam fazer os exercícios, mas até isso eu consigo contornar”, garante. Jussara Regina Avele Knopik leciona matemática para turmas de 2º e 3º anos do ensino médio há quatro anos. Concursada para trabalhar 40h na rede estadual do Paraná, ela também é escalada para atuar como professora de física. As aulas de física, como conta, sempre “sobram” na escola, por falta de professores. Como gosta do assunto, ela procurou fazer novos cursos para aprender mais do que o estudado na faculdade, onde teve aulas de física por quatro semestres. Ela já fez cinco, incluindo um em astrofísica, oferecido pelo MEC em parceria com o Observatório Nacional. “Quando tiver mais tempo, quero fazer um curso de ensino a distância na área”, afirma.
     Veridiana Dias, de Arealva, interior de São Paulo, também é professora temporária. Por causa disso, não escolhe a aula que é capacitada para dar. Quando a escola da rede estadual que a contrata chama, ela tem de lecionar o que vier. “Eu moro perto da escola e, às vezes, eles me ligam no horário da aula porque o professor faltou e não avisou com antecedência. Tenho de ir com a cara e com a coragem, sem ter tempo de me preparar”, conta a docente, formada em letras, com habilitação em português e espanhol, e que já teve de lecionar física, sociologia e inglês. A experiência tem sido tão desagradável que Veridiana, mesmo tendo passado no concurso para efetiva, pensa em deixar a carreira na rede pública em breve. “Estou fazendo pós-graduação em espanhol e pretendo trabalhar com empresas ou na rede particular”, lamenta. (IG)

Terça Insana - Dona Edite lança livro

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Em foco

Análise do filme "Ilha das Flores"

A Ilha das Flores, que intitula o curta-metragem de Jorge Furtado, é um local na cidade de Porto Alegre aproveitado como depósito para o lixo. Embora seja o assunto central do filme, o lugar aparece somente quando os instantes finais se aproximam e, antes disso, observa-se a trajetória de um tomate desde a colheita ao descarte por uma dona-de-casa, até que chega ao lixão da ilha, numa dinâmica que escancara, com várias retomadas e em detalhes, o processo de geração de riquezas numa sociedade de consumo, com enfoque particular nas desigualdades desse sistema.

Apesar do enfoque, convém ressaltar que são usados alguns (e bons) recursos para manter um teor de impessoalidade do texto. Um desses recursos é o modo de narrar do ator Paulo José, sem grandes variações no tom de voz, sem exprimir qualquer emoção. O texto é trazido de forma meramente expositiva, com um ar quase enciclopédico, sem argumentações explícitas por conjunções ou outros elementos de co-texto, sem metáforas. Desta forma, trata-se com a mesma naturalidade e gelidez a definição de "humano" e um acidente nuclear. Em contraste com a aparente frieza, em vários momentos são exibidas imagens chocantes, como a do porco abatido, dos judeus vítimas do holocausto nazista e das crianças disputando alimentos entre o lixo que sequer servia de alimento para os porcos.

Há, contudo, várias nuances de humor no decorrer das cenas. Ao mencionar a proibição católica ao lucro na Idade Média, por exemplo, religiosos figuram com expressões fechadas numa pintura; posteriormente, porém, as mesmas figuras sofrem uma manipulação e aparecem sorrindo, imagem que coincide com a explicação acerca do lucro livre. Outro momento, — senão cômico, ao menos inusitado, — é a aparição de uma garrafa de Coca-Cola numa pintura egípcia antiga, no momento em que se diz que "tudo sob e sobre a face da Terra tem valor de troca por dinheiro". Com efeito, a própria cadência repetitiva e dicionarística da narração confere um tom irônico à obra, de certa forma.

Com esses recortes, o filme não apenas aponta as calamidades que ocorrem na Ilha das Flores, mas também as estendem ao Brasil, o que já é sugerido desde o início com a execução da protofonia de "O Guarani", do maestro Carlos Gomes, tema da Voz do Brasil, o programa de rádio governamental que contempla os ocorridos da — diga-se de passagem, vergonhosa — política nacional. De fato, a mesma música anteriormente mencionada, quando distorcida ao som da guitarra, remete de certa forma a Jimmy Hendrix em Woodstock, e estende o protesto ao mundo inteiro, como numa denúncia das misérias que assolam a humanidade.

O curta termina então como uma manifestação velada contra as políticas que há tempos conduzem populações aos lixões, que põem seres humanos abaixo de porcos. Termina em desabafo, com um discurso sobre liberdade, "palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda".
Com meus redundantes agradecimentos ao Professor Luís Carlos,
idealizador dessa idéia, disseminador dessa semente.

Ilha das Flores

domingo, 6 de fevereiro de 2011

EDUCAR - Rubem Alves

DINÂMICAS PARA O PRIMEIRO DIA LETIVO

FRASE DA SEMANA!!!
"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão."                                                                                           (Paulo Freire)

Dinâmicas para Grupos
As dinâmicas de grupo oferecem às pessoas uma resposta às necessidades lúdicas escassas em diversos ambientes, com o objetivo de integrar o grupo e possibilitar um retorno dos dados necessários.
Geralmente criativas e atrativas que possam desenvolver nas pessoas um lado descontraido e critico.
Nada como uma boa dinâmica de grupo para o primeiro dia de aula. Dê uma espiadinha...



Oração para início do ano letivo.wmv

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Por que escolhi a Deusa Athena?

Nascimento de Palas Athena (Minerva)
Narra o mito que a Sabedoria e a Justiça, personificadas pela deusa grega Athena, é fruto de Métis (a astúcia, a inteligência) com o poderoso Zeus, ordenador do Cosmos.
Após ter sido proferido pelo oráculo que, se Zeus tivesse uma filha, ela se tornaria ainda mais poderosa que ele, Zeus tratou de engolir Métis para impedir o nascimento. Assim, Athena é gerada na cabeça do soberano do Olimpo (por isso, a deusa é associada ao lógos).
Findado o período de gestação, o supremo deus começou a sentir terríveis dores de cabeça, pois enquanto a Justiça não nasce, elas são inevitáveis.
Desesperado e no limite, Zeus ordena ao ferreiro divino Hefestos (Vulcano) que lhe abra a cabeça. Mesmo a contragosto, com técnica e precisão, desferra-lhe o machado de ouro certeiro e todos se surpreendem ao verem surgir, imponente e armada, pronta para a guerra, a deusa Palas Athena.
Palas significa "a donzela", pois a poderosa filha pede ao pai para manter-se sempre virgem e, desta forma, impor-se com a autoridade de quem não se deixa seduzir ou corromper.
Sua principal característica física é o porte altivo. Invocando a proteção de Athena sobre todo e qualquer embate, tem-se a vitória como certa, uma vez que Palas Athena é sempre acompanhada por Niké (a vitória).
A Coruja de Minerva
As aves, por serem consideradas os seres mais próximos dos deuses, foram, conforme suas características e atribuições, associadas a eles. A soberana águia acompanhava o poderoso Zeus, o imponente pavão, sua consorte e protetora dos amores legítimos: a deusa Hera. À atenta coruja coube a companhia da sábia Athena.
Vemos a imagem da coruja, símbolo de uma vigilância constantemente alerta, nas mais antigas moedas atenienses. A coruja, em grego gláuks “brilhante, cintilante”, enxerga nas trevas. Um dos epítetos de Athena é “a de olhos gláucos” (esverdeados).
Em latim é Noctua, “ave da noite”. Noturna, relacionada com a lua, a coruja incorpora o oposto solar. Observem que Atena é irmã de Apollo (Sol). É símbolo da reflexão, do conhecimento racional aliado ao intuitivo que permite dominar as trevas. Apesar de haver uma forte associação desta ave à escuridão e a sentimentos tenebrosos, o que é natural a um ser noturno, o fato de ela ter sido (devido a suas específicas características) atribuída à deusa Athena também a tornou símbolo do conhecimento e da sabedoria para muitos povos.
A coruja é uma excelente conhecedora dos segredos da noite. Enquanto os homens dormem, ela fica acordada, de olhos arregalados, banhada pelos raios da sua inspiradora Lua. Vigiando os cemitérios ou atenta aos cochichos no breu, essa ambaixadora das trevas sabe tudo o que se passa, tendo-se tornado em muitas culturas uma profunda e poderosa conhecedora do oculto.
Havia uma antiga tradição segundo a qual quem como carne de coruja participa de seus poderes divinatórios, de seus dons de previsão e presciência. A coruja tornou-se assim atributo tradicional dos mânteis, daqueles que praticam a mântica, a arte do divinatio, da adivinhação, simbolizando-lhes o dom da clarividência.
Eis a ave da deusa da Sabedoria e da Justiça: atenta coruja, cujo pescoço gira 360º, possuidora de olhos luminosos que, como Zeus, enxergam “O todo”. Devido a todos esses atributos, a Coruja simboliza também a Filosofia, os Professores e nossa proposta de Conhecimentos Sem Fronteiras: integrar todas as formas de conhecimento com o olhar para O Todo.
Na introdução de sua obra Filosofia do Direito, o Filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1830), escreve o seguinte.
Quando a filosofia pinta cinza sobre o grisalho,
uma forma de vida já envelheceu e, com o cinza
sobre cinza não se pode rejuvenescer, apenas reconhecer;
A coruja de Minerva alça seu vôo
somente com o início do crepúsculo.

Leia mais http://www.esdc.com.br/CSF/artigo_palasathena.htm

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

É só um começo

Estou começando este blog a fim de me aproximar mais da minha profissão, dos colegas, dos alunos, dos amigos da educação...
Espero que dê certo.
Um abraço
Lorena

Volta às aulas


Foi tão bom comprar o novo caderno... as canetas... e todo o material para voltar às aulas. A ansiedade de rever os colegas, o espaço escolar e tudo mais... Inclusive saber se àquele professor legal ainda está na escola, ou se o jardim está mais florido... Porque se alguma coisa for mudar tem que ser pra melhor, não é?
O bom de voltar é que retomamos o ritmo de aprendizagem significativa vislumbrando o futuro. Todos esperam que sejamos melhores esse ano e nós mesmos nos fizemos promessas de dedicação e notas melhores. E para isso precisamos nos organizar.
Não espere as aulas ganharem ritmo acelerado para se organizar. Comece, desde já, a mexer no material e a dar uma “espiadinha” nos conteúdos que vai aprender. Assim, você já entra no ritmo das aulas, e a mudança de rotina será mais suave.

 . Aprenda a administrar seu tempo, para que consiga realizar tanto as atividades prazerosas quanto cumprir as obrigações relacionadas à escola. Isso não significa que você deve ficar “refém” do relógio e programar tudo o que vai fazer nas 24 horas de cada dia, mas, sim, que deve ajustar o tempo a seu favor.
 . Uma maneira de controlar o seu tempo é deixar de fazer tudo sob pressão e em cima da hora. A melhor saída é ir organizando-se aos poucos com relação a como estudar ao longo do ano: com calma e sem pressões, sem deixar para estudar na véspera das provas e ser obrigado a passar noites em claro para fazer aquilo que deveria vir fazendo há muito tempo.
 . Aprenda a organizar as tarefas. Você pode ter inúmeras coisas importantes para fazer, mas definir as urgências é muito útil. É fundamental ter noção de prioridades, ou seja, saber que, se não fizer determinada tarefa, poderá ter prejuízos muito grandes no futuro, os quais podem até impedir as atividades prazerosas.
 . Por fim, não esqueça de sempre deixar um tempo de seu dia para realizar as atividades de que gosta, como ver os amigos, falar ao telefone, assistir a um filme, ler um livro, etc., pois elas ajudam a dar estímulo para a realização de outras tarefas.
 Seguindo essas dicas, o ano certamente vai correr bem, e vai sobrar tempo para o lazer e para aproveitar ao máximo e com tranqüilidade tudo o que você planejou.
 
(PARTE DO TEXTO COPIEI DA INTERNET)